O roteiro volta a ser inteligente (dessa vez, do início ao fim) e enriquece incrivelmente o universo já fascinante do primeiro filme. Mas não é só isso - ele é hábil, também, ao desenvolver muito bem seus personagens. Infelizmente, alguns diálogos são ridículos, mas as qualidades acima compensam esse erro.
A ação também supera muito a do original: embora a coreografia seja ligeiramente inferior à do primeiro, temos a impressão de que os diretores são outros - e isso é confirmado na excepcional sequência da perseguição na rodovia, que também explora bem as possibilidades da Matrix (embora a luta em cima do caminhão seja um pouco frustrante, uma vez que as leis da Física não se aplicam, e, assim, os personagens não param no ar quando pulam).
Além disso, ambas também cooperam quanto a colocar Neo em perigo (o que é uma tarefa difícil), embora falhe uma vez ao colocar Neo contra inimigos tão "fracos" que já sabemos desde o início quem irá vencer.
O único destaque da atuação neste aqui, para mim, foi Hugo Weaving, que, felizmente, ganha mais tempo de tela.
P.S.: que ridícula aquela sequência de dança tribal. E por que diabos o povo de Zion é primitivo assim?
Excelente - 9,5/10
