The Hobbit faz o que um filme
como este – o retorno a uma franquia após quase uma década – “deve” fazer: mostra
o que aconteceu logo antes da festa de despedida de Bilbo, mostra planos
remetentes à trilogia original, mostra Gollum. Digo isso porque não dá para
dizer que o filme faz homenagens. Tudo soa forçado.
Logo no início, há dois quase-números
musicais totalmente fora de contexto: primeiro, um bastante original em que
sujeitos desleixados cantam alegremente enquanto comem e bebem. Depois, os
anões fumam e cantam. Só cantam. Todos.
O filme é incrivelmente esticado. Já não
bastava dividir um livrinho daquele ser divido em 2 filmes (3, agora - não li,
mas não acredito que haja tanto conteúdo). Já era lógico que os filmes seriam
longos, mas não tanto. Além disso, o roteiro é repetitivo, enfiando os hobbits
em inúmeros perigos, que não provocam tensão alguma, já que sabemos que Bilbo
sobrevive a todos e nunca conseguimos nos importar com os personagens novos,
pois são praticamente iguais e unidimensionais.
O humor pastelão (prefiro o termo em inglês)
é só um tempero. Conseguimos rir de verdade em poucos momentos.
A trilha sonora e o visual não poderiam
ser menos que excelentes. Entretanto, Peter Jackson, coitado, se cansou de entender das
coisas e não faz ideia do que é esse tal de "3D" de que os jovens
tanto gostam.
Medíocre - 5/10